América Latina: uma visão macroeconômica, por Felipe Camargo
Felipe Camargo, Mestre em economia pela EPGE/FGV e macro estrategista na FUNCEF, fez uma análise macroeconômica da América Latina. Confira os gráficos e alguns pontos destacados por ele na análise:
Apesar da crise brasileira (que teve como principais motivos internos, de razões fiscais), houve de fato uma desaceleração na região* como um todo nesta década.
Na retrospectiva histórica dos principais países em renda per capita na América Latina (Uruguai, Chile, Panamá, Argentina, Brasil e México), o melhor desempenho foi o Uruguaio, com um crescimento médio de 6,5% ao ano, de 2005 até hoje.
Para fins de comparação, o crescimento agregado Latam foi de 5%, enquanto o Brasil cresceu somente 4,2%. Em contrapartida, o Uruguai apresentou a pior estabilidade de preços dos países analisados.
Com um crescimento médio anual de 3,7% e uma inflação de 3,3% ao ano, o Chile foi o país que teve a maior estabilidade macroeconômica da região nos últimos 20 anos.
Argentina, Colombia e Brasil mostraram, respectivamente, o maior grau de dependência (correlação) com o crescimento de seus conterrâneos, para a melhor amostragem disponível.
Brasil e Uruguai evidenciaram um acentuado problema de inflação estrutural, extraído a partir dos interceptos das Curvas de Phillips. Neste quesito, o México se destaca positivamente.
*Nota: Em virtude da limitação dos dados, a Venezuela foi excluída da análise.
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